ELETROMAGNETISMO AVANÇADO
AULA 24 2013.1 PPGEE-UFPE
1830-1831
Faraday realiza um conjunto de
experimentos que evidenciam a produção de campos elétricos por
campos
magnéticos variantes no tempo
Quando
a chave é ligada
Quando
a chave é desligada
Com a
chave mantida fechada com
Variação
no tempo do
fluxo enlaçado pela espira produz força eletromotriz.
Lei de
Faraday
ou equivalentemente
Obs.:
·
k não é uma constante
arbitrária
·
Seu valor pode
ser obtido da propriedade de invariância de fenômenos físicos
perante
transformação galileana
Transformação galileana: Fenômenos físicos são os mesmos quando medidos por dois observadores movendo com velocidade relativa (constante) se as coordenadas satisfazem a:
= Coordenada Espaço-Tempo para observador 1
= Coordenada Espaço-Tempo para observador 2
Isso é válido no regime . A situação está ilustrada na figura, com para t =0.
Considera a espira movendo com velocidade , conforme ilustrado na figura.
Observador no circuito mede a grandeza , dada por
Usa
Dado que , , , obtém
Portanto
( é constante)
ou equivalentemente
logo
Aplicando o teorema de Stokes na primeira integral do segundo membro vem
donde
Da lei de Faraday
ou equivalentemente
Esse é o resultado medido obtido pelo observador no circuito. O observador no laboratório mede diretamente os campos e ou de forma equivalente, e . Assim, no laboratório, a lsie de Faraday é simplesmente
A invariância das leis perante a transformação galileana implica em
ou
Determinação de k
Para o observador no circuito, uma força elétrica é medida em uma carga dq
No laboratório
como obtém
o que implica em k =1. Portanto a lei de Faraday é dada pela relação
Para um circuito fixo no laboratório, i.e., , e portanto
A forma diferencial é obtida utilizando o teorema de Stokes, o que fornece
Qual a
energia armazenada no campo magnético ao
se estabelecer uma corrente I no circuito?
Se o
estado é atingido a partir de um valor
inicial de corrente, há de se considerar que qualquer
incremento de corrente
produz uma variação de fluxo magnético e conseqüente fem
induzida. Essa fem
induzida tende a produzir uma corrente de reação. Para que
o circuito
mantenha a mesma corrente, é necessário que haja um ajuste na
tensão
aplicada. Se há
uma variação de fluxo
enlaçado pelo circuito, então
é a fem adicional que aparece no circuito. Ou seja, a tensão efetivamente que surge no circuito é
Para que a corrente retorne ao valor original, a fonte tem de suprir uma tensão adicional
e a tensão se torna
ou seja, a potência suprida pela fonte para manter a corrente é
ou equivalentemente
Com essa expressão básica é possível determinar o trabalho necessário ao estabelecimento de um estado final de distribuição de corrente e correspondente campo B.
Seja portanto a determinação na energia W, no volume V cuja corrente esteja distribuída com densidade . Admite-se que a distribuição é estacionária e permanece estacionária durante o seu processo de formação, ou seja, no regime quase-estático.
Como a corrente é sempre estacionária, as linhas do vetor são linhas fechadas, uma vez que . Podemos subdividir o volume em N microcircuitos fechados, como mostrado na figura. Um dado circuito contribui com com uma variação de energia
Da figura tem-se
Dado que tem-se
com representando o caminho fechado da figura. Equivalentemente
Essa é a contribuição do circuito como um todo. Dessa expressão, podemos identificar que o volume
mostrado na figura, contribui com uma variação de energia
Assim, um volume macroscópico sofre uma variação de energia
A energia necessária para que um estado final é dado por
Note-se que uma das integrais é uma integral de linha no espaço de estados e pode depender da trajetória (histerese), conforme ilustrado na figura
Para meio linear, seja
com . Nessa situação, o potencial vetor satisfaz às propriedades
e portanto
ou seja
donde
Essa é a formulação no ponto de vista da fonte do campo.
Para obter a relação geral no ponto de vista do campo, considera a expressão original de variação de energia no volume
No regime quase-estático, usa , obtém
Usa identidade vetorial
ou equivalentemente
donde
Portanto
Usando
o teorema de Gauss, com uma superfície
de raio infinito,
Para distribuições localizadas
, ,
e portanto
e a energia no
estado final é
Conforme
mencionado anteriormente, a integral
envolvendo as grandezas de campo é uma integral de linha
realizada no espaço de
estados mostrado na figura. O resultado pode depender da
trajetória nesse
espaço se o sistema exibir histerese ( ou seja, na forma como
o campo B é
variado até seu valor final).
Para
meios lineares, é fácil mostrar que
Considera
um conjunto de N circuitos conforme figura
Cada
circuito é formado por um fio delgado. Como o
meio de imersão é o
vácuo (linear), a energia do sistema no ponto de vista das
fontes é dada por
Dado que
vem
O
campo total no espaço é obtido por
superposição
com:
= Campo
produzido pelo j-ésimo circuito no ponto (depende de .)
Portanto:
com
= Fluxo enlaçado pelo
circuito i
devido ao campo do circuito j
Note-se
que o campo produzido pelo j-ésimo
circuito depende apenas da corrente que nele circula, e
portanto
com indutância
mútua
entre os circuitos ij.
Wb/A=Henry
Portanto
ou alternativamente
ou ainda
(como ficará
evidenciado adiante)
indutância
própria
indutância
mútua
Expressões
integrais:
Dado
que
e da expressão
vem
Logo
e da
definição, obtém
Note-se
que como antecipado
anteriormente.
Exemplo: Cálculo de auto-indutância por unidade de comprimento
para um cabo
coaxial
Considera
o cabo coaxial mostrado na
figura, com
(assume
distribuição uniforme de corrente)
Aplica
lei de Ampère, obtém